O poder da autorresponsabilidade, de Paulo Vieira
Recentemente, fui à casa de um dos meus irmãos fazer uma visita e ele me entregou o livro, desse modo: "Tome aqui pra você ler." Apesar de estar envolvida com a leitura de outros, não quis fazer desfeita ao meu irmão, muito menos ao livro. Então, peguei essa maravilha nas mãos e pensei como aquelas mães que, mesmo já tendo dez filhos para criar, ao descobrirem que estão grávidas de mais um, dizem: "onde cabe dez, cabe onze". Não importa o fato de ter vários livros em espera para leitura, sempre caberá mais um. Assim, tão logo me dispus a ler "O poder da autorresponsabilidade".
Paulo Vieira diz que a autorresponsabilidade é a chave para grandes transformações em nossa vida. Esse termo nos sugere ser preciso que tomemos as rédeas de nossas vidas e paremos de culpar os outros por aquilo que nos acontece ou deixa de acontecer. Somos nós os responsáveis por navegar o barco que nos conduzirá ao nosso destino.
A autorresponsabilidade está relacionada à inteligência emocional, cujo conceito pode ser entendido como a capacidade de lidar com as nossas emoções. A inteligência emocional tem ocupado lugar de destaque na literatura e nas discussões em geral, tendo em vista a percepção de que ela pode ser mais significativa para a qualidade de vida das pessoas do que a própria inteligência racional.
Sabemos que uma pessoa, por maior que seja o seu conhecimento técnico e sua experiência num determinado assunto, pode vir a enfrentar sérios problemas pessoais, sociais ou profissionais, caso não saiba lidar com as suas emoções.
O autor diz que a inteligência emocional só é conseguida quando o indivíduo é capaz de se responsabilizar pelo seu crescimento e desenvolvimento nas diversas áreas de sua vida, bem como de contribuir para o crescimento de outras pessoas que o cercam. Portanto, a autorresponsabilidade pode ser vista também como uma marca do amadurecimento.
Às vezes é preciso que algo aconteça em nossa vida para percebermos o quanto estamos à deriva de nós mesmos e o quanto nos perdemos de nossos sonhos mais íntimos. A correria do dia a dia, a quantidade de estímulos a que somos submetidos, a dispersão, o envolvimento com coisas infrutíferas e o automatismo em que vivemos nos afasta de nossos desejos genuínos a ponto de não sabermos mais quem somos, para onde estamos indo, o que realmente queremos e por que ainda não conseguimos o que queremos.
O acontecimento que fez Paulo Vieira repensar a sua vida foi um texto que ele leu chamado "A história de Sísifo" e que lhe abriu a percepção para que ele reconhecesse:
"Vi que minha vida era um eterno recomeçar, que, apesar de todo o meu esforço e dedicação, quando eu estava prestes a ter alguma conquista, algo acontecia e tudo ia por terra. Percebi que me preocupava mais com o esforço do que com a conquista. De modo sistemático, eu não terminava o que começava. Constatei que minhas atitudes e ações eram intempestivas e sem planejamento, e isso era o que me prejudicava. Entendi, sobretudo, que eu culpava os outros por todos os meus insucessos e desgostos. Ficou claro para mim que tudo aquilo que eu estava vivendo nos últimos treze anos não eram fracassos, mas sim os resultados das minhas ações e atitudes. Cada resultado negativo era um alerta de Deus para que eu vivesse de maneira diferente, pensasse diferente. Afinal de contas, compreendi com clareza que eu vinha sendo meu maior sabotador."
A notícia boa é que pensamentos e atitudes podem ser transformados. Assim, podemos mudá-los imediatamente após constatarmos o quanto eles nos são prejudiciais. Isso é possível pelo que se chama de plasticidade neural, que "é a capacidade do cérebro de desenvolver novas conexões sinápticas entre os neurônios a partir da experiência e do comportamento do indivíduo." Logo, pela mutabilidade cerebral é extremamente possível a apreensão e desenvolvimento de novos comportamentos no lugar daqueles que nos são prejudiciais.
Para mudarmos comportamentos precisamos ter uma noção clara de onde estamos, do que estamos fazendo, de como é nossa rotina, do que nos enfraquece, do que nos contamina e não contribui para o nosso crescimento. É preciso fazer um balanço da nossa situação atual para nos dar clareza e discernimento. Podemos avaliar os campos familiar, profissional, saúde, social, financeiro, emocional, entre outros, com a finalidade de encarar a verdade sobre como está o panorama atual de nossa vida e empenhar mudanças para melhorarmos os pontos mais necessários.
O processo de mudança exigirá sinceridade e verdade. Não dá para esconder debaixo do tapete aquelas coisas que se pudéssemos ocultaríamos até de nós mesmos. Se, por exemplo, você é daquelas pessoas que diz fazer um grande esforço para emagrecer, mas na calada da noite leva biscoitos e chocolates para o quarto e come escondido, você vai ter que admitir para si mesmo que essa atitude tem que ser transformada para que atinja o resultado do emagrecimento. Podemos até tentar enganar os outros, mas nós sabemos muito bem aquilo que fazemos e que nos sabota. Não há como fugir de nós mesmos, pois onde vamos nos levamos com pensamentos, emoções, corpo e tudo o mais que nos compõe.
Essa capacidade de conexão consigo mesmo é o que Paulo Vieira chama de competência pessoal, que pode ter por consequência autoconciência emocional, autoavaliação precisa, autoconfiança, autocontrole emocional, superação, iniciativa, transparência, adaptabilidade e otimismo. Esses fatores são muito importantes para o nosso desenvolvimento e crescimento.
Já a competência social é medida pela maneira positiva e harmônica como nos comunicamos com as pessoas ao nosso redor. Envolve empatia, influência, gerenciamento de conflitos, catalisação de mudanças, entre outras habilidades.
A avaliação dessas competências pode ser um bom indicativo para sabermos por onde começar a implementação de mudanças, pois muitos de nossos pensamentos e comportamentos derivam-se de nossos relacionamentos pessoais e sociais.
Acredito que todos nós estamos aqui para progredir. Paulo Vieira ilustra que o progresso é composto por algumas etapas que são consciência, autorresponsabilidade e visão positiva de futuro.
Só conseguimos mudar o que quer que seja quando adquirimos consciência plena de que algo precisa ser transformado. A consciência é a compreensão, o entendimento. O autor diz que a ela é nossa parte divina, que nos faz perceber e sentir Deus. É por meio da consciência que nos conectamos com o mundo e com nós mesmos. Ele ainda acrescenta que a debilidade emocional de uma pessoa é medida pela dificuldade que ela tem de olhar para si e para o mundo, portanto o primeiro passo para adquirir inteligência emocional é pela aquisição de consciência.
Após a consciência de si e do mundo ao redor, a autorresponsabilidade é a próxima etapa rumo ao progresso. Ela tem a ver com livre-arbítrio e com a certeza de que somos nós os condutores de nossas vidas.
Depois, a visão positiva de futuro para que acreditemos que o porvir será melhor, pois para isso estamos nos empenhando e transformando.
Ainda, sobre a autorresponsabilidade, diz o autor: "Ser autorresponsável é ter a certeza absoluta de que você é o único responsável pela vida que tem levado, logo, é o único que pode mudá-la." Também: "Os autorresponsáveis agem de maneira ativa, eles vivem em primeira pessoa. São eternos aprendizes."
Por fim, ele elenca seis leis para a conquista da autorresponsabilidade:
1. Se é para criticar, cale-se.
2. Se é para reclamar, dê sugestão.
3. Se é para buscar culpados, busque solução.
4. Se é para se fazer de vítima, faça-se vencedor.
5. Se é para justificar seus erros, aprenda com eles.
6. Se é para julgar as pessoas, julgue apenas suas atitudes e comportamentos.
Jesus trabalhava muito com as pessoas a questão da autorresponsabilidade. Quando curava alguém, não alarmava o seu poder de filho de Deus. Ele dirigia-se ao doente e dizia: "tua fé te curou".
Em outra passagem, pergunta: "quer ser curado?" Noutra, pede que encham as talhas de água para transformá-la em vinho. No episódio com a prostituta, induz os apedrejadores a analisarem seus próprios comportamentos, chamando para eles a responsabilidade de julgarem a si próprios.
Portanto, assuma o compromisso de velejar rumo ao seu destino com autorresponsabilidade. É um favor e um benefício que você faz a si mesmo e, por consequência, aos outros.
Paulo Vieira diz que a autorresponsabilidade é a chave para grandes transformações em nossa vida. Esse termo nos sugere ser preciso que tomemos as rédeas de nossas vidas e paremos de culpar os outros por aquilo que nos acontece ou deixa de acontecer. Somos nós os responsáveis por navegar o barco que nos conduzirá ao nosso destino.
A autorresponsabilidade está relacionada à inteligência emocional, cujo conceito pode ser entendido como a capacidade de lidar com as nossas emoções. A inteligência emocional tem ocupado lugar de destaque na literatura e nas discussões em geral, tendo em vista a percepção de que ela pode ser mais significativa para a qualidade de vida das pessoas do que a própria inteligência racional.
Sabemos que uma pessoa, por maior que seja o seu conhecimento técnico e sua experiência num determinado assunto, pode vir a enfrentar sérios problemas pessoais, sociais ou profissionais, caso não saiba lidar com as suas emoções.
O autor diz que a inteligência emocional só é conseguida quando o indivíduo é capaz de se responsabilizar pelo seu crescimento e desenvolvimento nas diversas áreas de sua vida, bem como de contribuir para o crescimento de outras pessoas que o cercam. Portanto, a autorresponsabilidade pode ser vista também como uma marca do amadurecimento.
Às vezes é preciso que algo aconteça em nossa vida para percebermos o quanto estamos à deriva de nós mesmos e o quanto nos perdemos de nossos sonhos mais íntimos. A correria do dia a dia, a quantidade de estímulos a que somos submetidos, a dispersão, o envolvimento com coisas infrutíferas e o automatismo em que vivemos nos afasta de nossos desejos genuínos a ponto de não sabermos mais quem somos, para onde estamos indo, o que realmente queremos e por que ainda não conseguimos o que queremos.
O acontecimento que fez Paulo Vieira repensar a sua vida foi um texto que ele leu chamado "A história de Sísifo" e que lhe abriu a percepção para que ele reconhecesse:
"Vi que minha vida era um eterno recomeçar, que, apesar de todo o meu esforço e dedicação, quando eu estava prestes a ter alguma conquista, algo acontecia e tudo ia por terra. Percebi que me preocupava mais com o esforço do que com a conquista. De modo sistemático, eu não terminava o que começava. Constatei que minhas atitudes e ações eram intempestivas e sem planejamento, e isso era o que me prejudicava. Entendi, sobretudo, que eu culpava os outros por todos os meus insucessos e desgostos. Ficou claro para mim que tudo aquilo que eu estava vivendo nos últimos treze anos não eram fracassos, mas sim os resultados das minhas ações e atitudes. Cada resultado negativo era um alerta de Deus para que eu vivesse de maneira diferente, pensasse diferente. Afinal de contas, compreendi com clareza que eu vinha sendo meu maior sabotador."
A notícia boa é que pensamentos e atitudes podem ser transformados. Assim, podemos mudá-los imediatamente após constatarmos o quanto eles nos são prejudiciais. Isso é possível pelo que se chama de plasticidade neural, que "é a capacidade do cérebro de desenvolver novas conexões sinápticas entre os neurônios a partir da experiência e do comportamento do indivíduo." Logo, pela mutabilidade cerebral é extremamente possível a apreensão e desenvolvimento de novos comportamentos no lugar daqueles que nos são prejudiciais.
Para mudarmos comportamentos precisamos ter uma noção clara de onde estamos, do que estamos fazendo, de como é nossa rotina, do que nos enfraquece, do que nos contamina e não contribui para o nosso crescimento. É preciso fazer um balanço da nossa situação atual para nos dar clareza e discernimento. Podemos avaliar os campos familiar, profissional, saúde, social, financeiro, emocional, entre outros, com a finalidade de encarar a verdade sobre como está o panorama atual de nossa vida e empenhar mudanças para melhorarmos os pontos mais necessários.
O processo de mudança exigirá sinceridade e verdade. Não dá para esconder debaixo do tapete aquelas coisas que se pudéssemos ocultaríamos até de nós mesmos. Se, por exemplo, você é daquelas pessoas que diz fazer um grande esforço para emagrecer, mas na calada da noite leva biscoitos e chocolates para o quarto e come escondido, você vai ter que admitir para si mesmo que essa atitude tem que ser transformada para que atinja o resultado do emagrecimento. Podemos até tentar enganar os outros, mas nós sabemos muito bem aquilo que fazemos e que nos sabota. Não há como fugir de nós mesmos, pois onde vamos nos levamos com pensamentos, emoções, corpo e tudo o mais que nos compõe.
Essa capacidade de conexão consigo mesmo é o que Paulo Vieira chama de competência pessoal, que pode ter por consequência autoconciência emocional, autoavaliação precisa, autoconfiança, autocontrole emocional, superação, iniciativa, transparência, adaptabilidade e otimismo. Esses fatores são muito importantes para o nosso desenvolvimento e crescimento.
Já a competência social é medida pela maneira positiva e harmônica como nos comunicamos com as pessoas ao nosso redor. Envolve empatia, influência, gerenciamento de conflitos, catalisação de mudanças, entre outras habilidades.
A avaliação dessas competências pode ser um bom indicativo para sabermos por onde começar a implementação de mudanças, pois muitos de nossos pensamentos e comportamentos derivam-se de nossos relacionamentos pessoais e sociais.
Acredito que todos nós estamos aqui para progredir. Paulo Vieira ilustra que o progresso é composto por algumas etapas que são consciência, autorresponsabilidade e visão positiva de futuro.
Só conseguimos mudar o que quer que seja quando adquirimos consciência plena de que algo precisa ser transformado. A consciência é a compreensão, o entendimento. O autor diz que a ela é nossa parte divina, que nos faz perceber e sentir Deus. É por meio da consciência que nos conectamos com o mundo e com nós mesmos. Ele ainda acrescenta que a debilidade emocional de uma pessoa é medida pela dificuldade que ela tem de olhar para si e para o mundo, portanto o primeiro passo para adquirir inteligência emocional é pela aquisição de consciência.
Após a consciência de si e do mundo ao redor, a autorresponsabilidade é a próxima etapa rumo ao progresso. Ela tem a ver com livre-arbítrio e com a certeza de que somos nós os condutores de nossas vidas.
Depois, a visão positiva de futuro para que acreditemos que o porvir será melhor, pois para isso estamos nos empenhando e transformando.
Ainda, sobre a autorresponsabilidade, diz o autor: "Ser autorresponsável é ter a certeza absoluta de que você é o único responsável pela vida que tem levado, logo, é o único que pode mudá-la." Também: "Os autorresponsáveis agem de maneira ativa, eles vivem em primeira pessoa. São eternos aprendizes."
Por fim, ele elenca seis leis para a conquista da autorresponsabilidade:
1. Se é para criticar, cale-se.
2. Se é para reclamar, dê sugestão.
3. Se é para buscar culpados, busque solução.
4. Se é para se fazer de vítima, faça-se vencedor.
5. Se é para justificar seus erros, aprenda com eles.
6. Se é para julgar as pessoas, julgue apenas suas atitudes e comportamentos.
Jesus trabalhava muito com as pessoas a questão da autorresponsabilidade. Quando curava alguém, não alarmava o seu poder de filho de Deus. Ele dirigia-se ao doente e dizia: "tua fé te curou".
Em outra passagem, pergunta: "quer ser curado?" Noutra, pede que encham as talhas de água para transformá-la em vinho. No episódio com a prostituta, induz os apedrejadores a analisarem seus próprios comportamentos, chamando para eles a responsabilidade de julgarem a si próprios.
Portanto, assuma o compromisso de velejar rumo ao seu destino com autorresponsabilidade. É um favor e um benefício que você faz a si mesmo e, por consequência, aos outros.
Comentários
Postar um comentário