A solidão do escritor

É sexta-feira, véspera de carnaval. O relógio marca 18:30, estou só. No trabalho, todos já se foram ao encontro dos companheiros, dos filhos, do que ou de quem os espera. Ninguém me espera. Estou só. Sempre só.

Em criança, era assim. A multidão em volta, mas eu estava em mim. Sempre em mim. A vida me quer assim. E eu, o que quero? Não está em minhas mãos. Deixo escapar as certezas, deixo ir embora as ilusões, deixo que a vida se encaminhe, deixo que os dias de carnaval passem. Que venha a quarta-feira de cinzas em que renascerei do pó juntado nos dias de festa.







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