Não seja apenas um espectador daquilo que admira nas redes sociais.
Às vezes me vem um pensamento sobre alguma percepção que tenho a respeito de como estamos vivendo e logo surge aquela vontade de fazer algo para ajudar o maior número possível de pessoas que estão alheias a si mesmas e aos seus desejos.
A intenção não é criticar, julgar ou condenar. Genuinamente, sou tomada por uma sensação de dever e chego a perguntar: "o que posso fazer para que tais pessoas voltem a si?"
"Como posso tocá-las para que elas se comprometam com suas aspirações e parem de viver para fora?" Aí vem aquela voz interna e me ordena: "Escreva!"
Então, quase que cegamente a obedeço e me ponho a rabiscar de maneira pensada e ponderada, na esperança de que o que escrevo atinja e promova em alguém uma profunda reflexão e, por consequência, mudança.
Falar em profundezas num mundo líquido, como o designou Balmann, é correr o risco de não ser levada em conta. Tudo bem se eu não conseguir atrair multidões. Uma só alma lúcida e consciente de si valerá pelas horas empenhadas a escrever um texto.
Antes de mais nada, preciso confessar que há algum tempo havia aberto mão de possuir contas nas redes sociais, tomada por um cansaço do que lia, via e ouvia. Cansaço dos outros, cansaço de mim mesma. Cansaço da vulgaridade alheia e da minha própria vida vulgar.
Então, decidi promover uma desintoxicação digital e, também, mental. Foi uma decisão intencionada na mais pura vontade de me resguardar e refletir sobre os meus caminhos e os caminhos da humanidade. Assim o fiz. Passei exatos dois anos distante das redes.
No final de 2018, decidi, por sugestão de meu esposo, colocar em prática um projeto de criar um blog, a fim de compartilhar as transformações que os livros estavam promovendo em minha vida. Junto com a criação da página, intitulado LeiturAna, criei uma conta no instagram para dar maior visibilidade ao blog, cedendo novamente espaço ao uso da rede social.
Num dia em que estava entregue a uma ociosidade não produtiva, comecei a fuçar o instagram e pude constatar que, atualmente, esse app divide as possibilidades de acessos por categorias, a exemplo: nutrição, malhação, decoração e por aí vai, atendendo a todos os tipos de seguidores.
A palavra "seguidor" ficou ruminando na minha cabeça a ponto de seguir-me por onde quer que eu fosse. Por algum motivo, lembrava-me outra palavra, "discípulo", e fiquei pensando a respeito do que faziam os seguidores de Jesus.
Ao consultar o dicionário, deparo-me com o seguinte significado de seguidor: "aquele que segue; continuador."
Por coincidência ou não, eu havia lido o trecho da Bíblia em que Jesus autorizou a seus discípulos curar como Ele curava, fazer o que Ele fazia e pregar como Ele pregava. Os seguidores de Jesus eram uma espécie de continuadores de sua obra.
O instagram permite que sigamos pessoas e coisas de nosso interesse. Quando as seguimos, recebemos as notificações de tudo que é postado e eu não vejo mal algum nisso. Entretanto, me veio uma pergunta? As pessoas que seguem o que seguem continuam a fazer em suas vidas aquilo que veem nas postagens?
Os nutricionistas ganham cada vez mais seguidores, no entanto, nunca tivemos um país com tantos obesos.
Os personal trainers conquistam cada vez mais adeptos, contudo muitas pessoas ainda não colocaram em prática as promessas de realizarem qualquer atividade física.
As blogueiras de moda, de maquiagem e de "estilo" estão cada vez mais em evidência ao mostrarem suas aquisições caríssimas, seus passeios paradisíacos e suas vidas maravilhosas e de sucesso, porém muitos de seus seguidores ainda não conseguiram tirar os seus sonhos do papel.
A categoria de decoração chama atenção pelo requinte e organização, mas muitos seguidores acordam e não arrumam nem mesmo as suas próprias camas.
E os canais de receitas deliciosas e fitness que são cada vez mais acessados? Entretanto, há quem nunca aprendeu preparar sequer seu próprio lanche e continua preferindo se encher de tóxicos e industrializados, sob o argumento de que não tem tempo de cozinhar alimentos mais saudáveis. Só quero te lembrar que aquilo que você não sabe fazer, você pode aprender.
Às vezes eu acho que nós humanos temos mesmo é tendência ao masoquismo, porque sentimos prazer e deleite em visualizarmos por horas e horas, todos os dias, algo que almejamos, sem sequer tomarmos qualquer atitude, a não ser a de nos intoxicarmos com altas doses diárias de automassacre, saboreando nossa própria inércia, comparando-nos e vendo quão "melhores" e "mais capazes" são aqueles que seguimos.
Uma vez que ser seguidor significa também ser um continuador, por que não continuar na sua vida a fazer a dieta que propõe o nutricionista que você segue? Por que não praticar no seu dia a dia os ensinamentos cristãos, filosóficos, poéticos e budistas das páginas que você segue?
Por que não pôr em prática os métodos de estudos propostos pelos cursinhos que você segue? Por que não tentar ter o corpo parecido com o corpo que você admira? Por que não trocar as horas em que perde tempo olhando o instagram para fazer coisas que vão ao encontro do que você deseja? Por que tanto comodismo? Por que tanta paralisia?
Tem um texto da Clarice que ela fala: "somos todos paralíticos". Sim, somos paralíticos quando não agimos em prol do que queremos e servimos apenas de plateia para quem faz acontecer.
Jesus disse a seus discípulos que não bastavam a eles o seguirem, era preciso que continuassem suas obras.
E eu vos digo que, pelo amor de Deus, ajam, busquem e andem em direção às suas aspirações . Continuem a fazer em suas vidas o que outros fazem e postam que chamam sua atenção e faz com que os admirem. Não desperdicem o precioso tempo de vocês sendo apenas espectadores da vida dos outros. Tomem as rédeas de suas vidas. E, se me permitirem dar outra sugestão, porque aprendi que sugerir é mais sutil que aconselhar, eu sugiro a vocês a seguirem também e, principalmente, a Jesus e eu garanto que terão força, disposição e alegria para fazerem todo o resto, pois a promessa do Cristo foi esta: "Siga ao Reino de Deus e todas as outras coisas vos serão acrescentadas."
Jesus não está morto. É preciso permitir que o espírito Dele renasça em vocês. Assim sendo, vocês serão capazes de realizar coisas maravilhosas. Assim sendo, vocês terão atitude e coragem para agir.
A intenção não é criticar, julgar ou condenar. Genuinamente, sou tomada por uma sensação de dever e chego a perguntar: "o que posso fazer para que tais pessoas voltem a si?"
"Como posso tocá-las para que elas se comprometam com suas aspirações e parem de viver para fora?" Aí vem aquela voz interna e me ordena: "Escreva!"
Então, quase que cegamente a obedeço e me ponho a rabiscar de maneira pensada e ponderada, na esperança de que o que escrevo atinja e promova em alguém uma profunda reflexão e, por consequência, mudança.
Falar em profundezas num mundo líquido, como o designou Balmann, é correr o risco de não ser levada em conta. Tudo bem se eu não conseguir atrair multidões. Uma só alma lúcida e consciente de si valerá pelas horas empenhadas a escrever um texto.
Antes de mais nada, preciso confessar que há algum tempo havia aberto mão de possuir contas nas redes sociais, tomada por um cansaço do que lia, via e ouvia. Cansaço dos outros, cansaço de mim mesma. Cansaço da vulgaridade alheia e da minha própria vida vulgar.
Então, decidi promover uma desintoxicação digital e, também, mental. Foi uma decisão intencionada na mais pura vontade de me resguardar e refletir sobre os meus caminhos e os caminhos da humanidade. Assim o fiz. Passei exatos dois anos distante das redes.
No final de 2018, decidi, por sugestão de meu esposo, colocar em prática um projeto de criar um blog, a fim de compartilhar as transformações que os livros estavam promovendo em minha vida. Junto com a criação da página, intitulado LeiturAna, criei uma conta no instagram para dar maior visibilidade ao blog, cedendo novamente espaço ao uso da rede social.
Num dia em que estava entregue a uma ociosidade não produtiva, comecei a fuçar o instagram e pude constatar que, atualmente, esse app divide as possibilidades de acessos por categorias, a exemplo: nutrição, malhação, decoração e por aí vai, atendendo a todos os tipos de seguidores.
A palavra "seguidor" ficou ruminando na minha cabeça a ponto de seguir-me por onde quer que eu fosse. Por algum motivo, lembrava-me outra palavra, "discípulo", e fiquei pensando a respeito do que faziam os seguidores de Jesus.
Ao consultar o dicionário, deparo-me com o seguinte significado de seguidor: "aquele que segue; continuador."
Por coincidência ou não, eu havia lido o trecho da Bíblia em que Jesus autorizou a seus discípulos curar como Ele curava, fazer o que Ele fazia e pregar como Ele pregava. Os seguidores de Jesus eram uma espécie de continuadores de sua obra.
O instagram permite que sigamos pessoas e coisas de nosso interesse. Quando as seguimos, recebemos as notificações de tudo que é postado e eu não vejo mal algum nisso. Entretanto, me veio uma pergunta? As pessoas que seguem o que seguem continuam a fazer em suas vidas aquilo que veem nas postagens?
Os nutricionistas ganham cada vez mais seguidores, no entanto, nunca tivemos um país com tantos obesos.
Os personal trainers conquistam cada vez mais adeptos, contudo muitas pessoas ainda não colocaram em prática as promessas de realizarem qualquer atividade física.
As blogueiras de moda, de maquiagem e de "estilo" estão cada vez mais em evidência ao mostrarem suas aquisições caríssimas, seus passeios paradisíacos e suas vidas maravilhosas e de sucesso, porém muitos de seus seguidores ainda não conseguiram tirar os seus sonhos do papel.
A categoria de decoração chama atenção pelo requinte e organização, mas muitos seguidores acordam e não arrumam nem mesmo as suas próprias camas.
E os canais de receitas deliciosas e fitness que são cada vez mais acessados? Entretanto, há quem nunca aprendeu preparar sequer seu próprio lanche e continua preferindo se encher de tóxicos e industrializados, sob o argumento de que não tem tempo de cozinhar alimentos mais saudáveis. Só quero te lembrar que aquilo que você não sabe fazer, você pode aprender.
Às vezes eu acho que nós humanos temos mesmo é tendência ao masoquismo, porque sentimos prazer e deleite em visualizarmos por horas e horas, todos os dias, algo que almejamos, sem sequer tomarmos qualquer atitude, a não ser a de nos intoxicarmos com altas doses diárias de automassacre, saboreando nossa própria inércia, comparando-nos e vendo quão "melhores" e "mais capazes" são aqueles que seguimos.
Uma vez que ser seguidor significa também ser um continuador, por que não continuar na sua vida a fazer a dieta que propõe o nutricionista que você segue? Por que não praticar no seu dia a dia os ensinamentos cristãos, filosóficos, poéticos e budistas das páginas que você segue?
Por que não pôr em prática os métodos de estudos propostos pelos cursinhos que você segue? Por que não tentar ter o corpo parecido com o corpo que você admira? Por que não trocar as horas em que perde tempo olhando o instagram para fazer coisas que vão ao encontro do que você deseja? Por que tanto comodismo? Por que tanta paralisia?
Tem um texto da Clarice que ela fala: "somos todos paralíticos". Sim, somos paralíticos quando não agimos em prol do que queremos e servimos apenas de plateia para quem faz acontecer.
Jesus disse a seus discípulos que não bastavam a eles o seguirem, era preciso que continuassem suas obras.
E eu vos digo que, pelo amor de Deus, ajam, busquem e andem em direção às suas aspirações . Continuem a fazer em suas vidas o que outros fazem e postam que chamam sua atenção e faz com que os admirem. Não desperdicem o precioso tempo de vocês sendo apenas espectadores da vida dos outros. Tomem as rédeas de suas vidas. E, se me permitirem dar outra sugestão, porque aprendi que sugerir é mais sutil que aconselhar, eu sugiro a vocês a seguirem também e, principalmente, a Jesus e eu garanto que terão força, disposição e alegria para fazerem todo o resto, pois a promessa do Cristo foi esta: "Siga ao Reino de Deus e todas as outras coisas vos serão acrescentadas."
Jesus não está morto. É preciso permitir que o espírito Dele renasça em vocês. Assim sendo, vocês serão capazes de realizar coisas maravilhosas. Assim sendo, vocês terão atitude e coragem para agir.
Me identifiquei no parágrafo "possuir contas nas redes sociais, tomada por um cansaço do que lia, via e ouvia. Cansaço dos outros, cansaço de mim mesma. Cansaço da vulgaridade alheia e da minha própria vida vulgar."
ResponderExcluirTexto espetacular! Ana Mayara vc esta realmente muito abençoada, sua fé e força transparecem no seu texto. Deus continue te iluminado.
ResponderExcluirNossa sociedade precisa de um "sacode" desses. Parar de ser expectador da vida de quem admira, pra viver de fato o que almeja. 😊👏
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